domingo, 6 de setembro de 2009

Tempo não é dinheiro, é vida!




Este artigo foi publicado no blog de um trabalho acadêmico. No entanto, o assunto procede até hoje. Concluí então, que republicá-lo, não seria nada mau...

Por Luana Tachiki

As pessoas deixam os maiores tesouros da vida passarem pelos seus olhos, sem os perceber. Acordam, levantam, vão ao banheiro, comem alguma coisa, vêem o noticiário, enfrentam o transito, mais um dia de trabalho, almoçam, descem para faculdade, encontram amigos, voltam pra casa e assim é o outro dia até que a semana termine. Independente do que as pessoas fazem, cada um exerce uma atividade rotineira. O que na maioria dos casos são marcados pela falta de tempo.
Bem vindo à cultura contemporânea. Antes se fazia de tudo e o dia não passava. Mas com a violência da rapidez ao receber às informações, dá a impressão do encurtamento dos dias. O tempo parece resumido, consumido.Pais, não tem tempo para filhos, mães preferem deixar seus rebentos com babás e avós. Até a alimentação é comprometida, pois substituem o saudável, pelo mais prático e rápido, o fast food. Isso tudo para se enquadrar na sociedade global e capitalista.
Numa busca inacabável para se tornar o melhor entre os competidores. O mais bem preparado e apto às exigências mercadológicas.Essa rotina diária torna os indivíduos displicentes nas entrelinhas da vida. Perde-se a beleza do singelo e simples. Só percebe as verdadeiras riquezas, quem tem feeling. Só aprecia quem observa os pequenos detalhes, poucas oportunidades, gestos inesperados, encontros e desencontros.
São frações de segundos fora do roteiro programado, e quando isso acontece, ninguém aceita. Murmuram quando o ocorrido encontra-se fora do planejamento, e acham que, por isso, deu tudo errado. Esquecem que na vida tudo tem um propósito. E o que é mais louvável, é saber, que antes das planilhas de erros e acertos, idas e voltas com hora marcada. Existe o planejado de DEUS. E é Ele que faz esse mover diferente das expectativas humanas. E mesmo que “torçam o nariz”, (pdf) muitas vezes até indignados com Deus. Ele age no sublime. Mas tudo isso porque não se espera a hora certa, o que há são os achismos e adivinhações antes do final do espetáculo. E só quando o dia acaba, tudo se encaixa. Tudo dá certo, e o que é melhor tudo é perfeito. Mas somente, para aquele que se manteve atento. Sem deixar escapar detalhes.
Será que nessa correria toda, existe espaço para disposição a serviços voluntários?Vende-se serviços ocupando grande parte dos instantes. E quando sobra “um cadinho” O que se faz com ele? Existe alguém disposto a servir sem vínculo salarial? Ou até mesmo abdicar-se de afazeres particulares para servir ao próximo? Vontade as pessoas tem, mas fica difícil negociar o pouco tempo para atividades sociais de assistência às entidades carentes. E quando envolve o espaço de cada um, o que é valioso para as pessoas, se torna doloroso à compartilhar.
O que é mais importante afinal? A busca pela recompensa financeira e status social? Ou o tesouro guardado entre o ganhar e o perder? Antes da conquista está o viver e muita gente desperdiça esse tempo com a preocupação do fim. A verdade é que a mina pode estar antes mesmo de se chegar ao “the end”.

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